terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Planos de aula.

Carta do Alfredão:
“Paz e amor, bicho...você me amarrou na sua cara legal, muito barra- limpa. Achei jóia sua, quando sacou que eu estava na pior, com minha máquina transando no meio do mato, dentro daquele breu. O envenenamento do meu carango sempre me deixa baratinado e você ligou bacana, levando-me para o seu habitat. No dia seguinte, com colher de chá que você me deu com o seu trator, consegui emplacar no asfalto e batalhar firme uma carona até conquistar a metrópole.
Como não pudemos transar melhor, espero você para vir moitar uns dias comigo em minha lona legal, onde poderemos curtir fino papo com a turma ou transar com as doidonas das motocas, com suas calças apertadas e blusas transparentes.
Você poderá ir comigo para uma discoteca ou um inferninho e tenho certeza, adorará a onda do travoltismo.
Curtiremos um som jóia ou sacaremos umas minas no asfalto, para um programa bem legal. Fique na minha, você vai gamar.
Do chapa, Alfredão

Resposta do Bertolino:

Senhor Alfredão
Não entendi bulhufas de sua carta, é muita confusa e estou muito aborrecido por você começar me chamando de bicho, quando fui seu amigo sem o conhecer. Além do mais, devo dizer-lhe que sou macho pra burro. Se quiser experimentar, volte aqui, seu cachorrão. Não amarrei você em coisa alguma, o que fiz foi tratá-lo como gente civilizada. Se você achou alguma jóia aqui, deveria ter entregue à dona da casa. O que você praticou é caso de roubo. Outra coisa errada a sua, não tirei você de nenhum breu. Isso aqui não existe.
Acho que você está meio tantã. Também não lhe dei nenhuma colher de chá. Se por acaso você levou alguma coisa, que e pelo que eu senti, é costume em você, pode ficar com ela de recordação. Gostaria de saber quem foi o cretino que jogou veneno no seu carro, pois se foi algum empregado meu, vou mandá-lo embora. Aqui tem curtume e não vou sacrificar Sou muito religioso, inferno é feito para gente igual a você. O tal de negócios de minas e jóias não serve para mim. Nunca tive gosto nem tempo para bancar o garimpeiro. Também não sou marinheiro e não entendo de ondas.
Olha, moço, eu aqui sou muito conhecido e respeitado por todos. Pelo Juiz, pelo Padre, por políticos e pelo povo. Nunca alguém me chamou de bicho ou por outro nome de animais. Vê se me respeita, moço.
Bertulino

Leitura da carta do Alfredão,pedir aos alunos que leiam a carta e faça uma carta resposta.
Objetivos:
Identificar a variação linguística.

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